terça-feira, 29 de maio de 2012

Educação para Paz

A Educação para Paz, ou do Futuro é um conceito que engloba todos os
valores importantes para se viver com dignidade e de uma maneira
pacífica consigo, com o outro e com o planeta. Este conceito está
alinhado a Cultura de Paz que as Nações Unidas e a UNESCO 
trabalham há anos. Para se ter uma idéia, no ano de 1986
o educador brasileiro reconhecido internacionalmente pelo seu
trabalho inovador na educação, Paulo Freire, recebeu o Prêmio
Educador da Paz da UNESCO.
O escritor e educador, Moacir Gadotti, ressalta que na educação
precisamos buscar o verdadeiro sentido da paz e da não violência. 
“A ternura, a alegria, o afeto, o abraço, a meditação, o silêncio, a
beleza são valores essenciais da escola do futuro que queira ser
transformadora”(Gadotti, pg.196).
Num país com tantas desigualdades como o Brasil, a educação do Futuro se
apresenta como fator de transformação para a sociedade, permitindo
o desenvolvimento de competências pessoais e sociais para se viver
num mundo mais pacífico.
Segundo a pesquisadora, Luiza Ricotta, “A prática do educador está
além da tarefa de educar: a de formar, nos alunos, princípios que
poderão direcioná-los pela vida”. A autora ressalta que a qualidade da
relação entre educador e educando é um dos fatores motivadores de
uma boa aprendizagem, sendo assim, a importância do refletir sobre
como incorporar valores que facilitam esta aproximação.

Esta foi a minha contribuição de hoje! Um abraço, Renata

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Influenciar


Todo educador é uma referência estruturante para a personalidade da criança e possui a força de influenciá-la para o resto de sua vida. Somos todos educadores, independente da função social que exercemos. Todo comportamento agressivo ou não de uma criança é o reflexo de uma situação emocional que vivencia, seja dentro de casa, ou em sala de aula. 
A importância da família e dos professores na vida de uma criança é imensurável para a formação de seu caráter. 
Toda criança é influenciada em seu comportamento a partir do exemplo de comportamento dos pais, educadores, grupo de amigos e do que recebe da própria mídia. Sendo assim,absorve os valores a partir do que enxerga, sente e escuta. Por isto, antes de trabalharmos com as crianças, temos que dar um passo para trás e rever a nossas ações, pois a relação educador-educando, dar-se-á pelos sentimentos de amor, compaixão, confiança, respeito, solidariedade e tolerância. Razões que devem justificar ou motivar as ações. 
      Um abraço, Renata

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Psicologia + Educação

Escolher uma profissão ainda na adolescência é uma decisão que provoca muita insegurança. E, comigo não foi diferente. Contudo, durante a faculdade, tinha a convicção de que iria trabalhar apenas no campo da Psicologia.  Entretanto, a vida  apontou novos caminhos e, descobri num destes caminhos que trilhei; uma grande paixão em trabalhar com grupos, em trabalhar com uma educação de sentido, que nos liberta para sermos quem somos e da melhor maneira possível.  
Assim, no desempenhar diversos papéis no campo da psicologia e da educação, percebi e senti, o estreito vínculo entre estes dois campos do saber. Portanto, arrisco-me a dizer que fui me transformando numa profissional interdisciplinar, por incorporar a Psicologia + Saúde + Valores + Meditação+ Sustentabilidade + Educação e, principalmente o cotidiano, a realidade vivida para compor com a ação da minha prática como psicoterapeuta e formadora de educadores. E, diante da necessidade de ouvir para compreender melhor o outro, ampliou-se o espaço para intervir de acordo com cada história, com cada realidade. 
Logo, surgiu a necessidade de englobar conhecimentos, sentimentos, experiências, aprendizagens e, buscar viver a interdisciplinaridade que co-relaciona os saberes.
A composição, psicologia + educação, é uma ferramenta poderosa de ajuda e de cura para os nossos sofrimentos emocionais, o segredo está em como manejá-la. Assim, quando bem tralhada, mobiliza para o autoconhecimento,  sensibiliza para o amadurecimento, facilita para as diversas aprendizagens e, aprimora a condição humana em todos os seus sentidos.
Autores como Carl Gustav Jung, Lowen, Edgar Morin, Humberto Maturana,Cipriano Luckesi, Rubem Alves e, tantos outros, inspiraram-me para a ação de uma prática mais humana e afetiva. Além é claro, a pedagogia apaixonante do grande Mestre, Paulo Freire, responsável por trazer luz a noção de sustentabilidade para a educação, sendo considerado um dos principais inspiradores da ecopedagogia com o seu método de aprendizagem a partir do cotidiano:
1. Partir das necessidades dos educandos (curiosidade).
2. Relação dialógica educador-educando.
3. Educação como produção e não como transmissão e acumulação de conhecimentos.
4. Educação para a liberdade ( escola cidadã e pedagogia da autonomia). 

Vejo a interdisciplinaridade entre a educação e a psicologia, como um campo de força para o educador/mentor que orienta, compreende e transforma pessoas infelizes em mais felizes. Sem nenhuma mágica, mas com esforço e diálogo para religar a natureza com a natureza humana, o "jardim interno" com o "jardim externo". Desenvolvendo a afetividade, a amorosidade e, aceitação do outro como ele é, com respeito ao  seu verdadeiro talento e no que faz sentido aprender e viver.   
Considerar a urgente necessidade de refletirmos cada vez mais sobre a importância do papel da escola, do professor mediador/mentor que sabe se colocar no lugar do outro e enxergar sob diferentes pontos de vista uma mesma situação, leva-nos a incorporar a postura de mediador, para nos tornarmos educadores melhores.
Ao meu olhar, sustentabilidade é a capacidade de enxergar com amplitude a realidade do presente, os fatos, e isto, implica na competência de se fazer escolhas éticas para equilibrar melhor a carga do passado e, assim, construir um futuro melhor. 
Acredito na escola cidadã, no diálogo que media a aprendizagem entre educando e educador, na necessidade de revermos os nossos valores, na necessidade de refletir sobre as nossas escolhas e, suas consequências. Refletir sobre os resultados gerados e assim, incorporar novos saberes e atitudes. Para tanto, acredito na prática da interdisciplinariedade como ponto de partida para a transformação.


                                                                             Um Abraço, Renata Calixto